sábado, 1 de setembro de 2012

Convido para lançamento do meu primeiro livro de poesia infanto-juvenil, intitulado, O Fio da Vida - Ciência e Poesia, escrito juntamente com a minha amiga e colega Claudia Silva. Os primeiros lançamentos ocorrerão nos dias 27/9 (quinta) - as 17h30 e 29/9 (sábado) - às 10h, no Colégio Mãe de Deus. O segundo lançamento será no dia 11/11, às 18h na Feira do Livro de Porto Alegre.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mudanças

Nesse inverno insípido
Sento a sombra do ipê
Onde segue o solo seco

Sina de quem vasculha
Estilhaços na folha de papel pardo

Prato farto sobre a mesa

Rolha esquecida na sala

Agosto

Brinco com as formas
Conforme pinto
Cálice

Mudo

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Carrego dentro de mim
Uma bússola
Tempos líquidos
Tímido
como raízes fasciculadas no quintal

Sorvo a ânsia das nuvens
Cheiro lírio que desabrolha
Colírio nos olhos castanhos

Lágrima efêmera
Minha maior aventura

Me equilibro entre molduras impostas

No deserto
As folhas produzem toxinas

domingo, 24 de junho de 2012


sábado, 23 de junho de 2012



A corda ré desgastada de som
Retorno aquele dia
Casas vazias
Afônicas

Notícias velhas impressas no chão
Rabisco risco
Rasgo
Folhiço sujo de ontem à tarde
Olho manso
Pratos fartos sobre a toalha de renda fixa
Bolos
Bolores

Ainda tem você na sala

À sombra,
Murmúrios cálidos

Sinto cheiro de romã

terça-feira, 15 de maio de 2012


Por entre frinchas de madeira de construção
Espio réstias de um mundo concreto
Restos de um muro com grades das grandes cidades
Preso ao texto de versos livres

Cálice tinto
Seco ao chão da sala
O universo numa casca de noz

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Gérbera vermelha na beira da laje
Seca sazonal na sacada de azulejos turvos

Senciente 
Fujo das telas óbvias de têmperas sujas
Temperos leves
Conforme o acaso regresse

A simplicidade é o último grau de sofisticação

terça-feira, 1 de maio de 2012

Cogumelos

Entre rochas tépidas e trilhas
Tento sorver o meio
Maio

Filete d´água sobre a pedra
A primavera está distante

Fortaleza fechada
Névoa
Voam urubus a espera
No caminho dos de(compositores)

domingo, 15 de abril de 2012


Brisa mansa no lençol de seda enrugado
Corda amarrada ao cedro
Tempo nublado atrás da porta de vidro

Flor rósea desbotada em fios
Espia filete de luz
Espinhos em torno de si

Rabisco risco
Rasgo
Folhiço sujo de ontem à tarde

Ainda tem você na sala

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A haste dúbia
Fomenta a história em linhas distorcidas

Fim de tarde laranja
Atrás da árvore farta
Chão de barro ocre

Crio caricaturas disformes

Verdes espinhos que emanam verticilos
Desabrochar ronceiro na casa doze

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Domingo

Mesa de madeira mogno
Sereno
Entre folhas caducas e espinhos
Canso a espera da flor no vaso de pedra
Esqueço-me de regar as plantas

Ora, quem é que não sabe o que é se sentir sozinho

segunda-feira, 12 de março de 2012

Um dia frio
Na sacada de azulejos úmidos
Avistamos sabiás laranjeiras
Enquanto o sol se escondia

A rama seca no vaso de pedra
Equilibra arames efêmeros
Renuncia

A bagunça do medo
No meio do dia

Conto de fim de tarde
Estrelas que estão por vir

E lá do cume da torre três
Ela desvenda segredos guardados

sexta-feira, 9 de março de 2012

Tarde vazia

A gaveta lacrada no quarto escuro
Estrada de fluxo fático

Veneno lisérgico da tarde
Devorando entranhas estranhas 
Tamanha pessoa fosse 

Face nos lençóis amassados de ontem
Ela descasca romãs maduras

sábado, 3 de março de 2012


O pensador

O guerreiro medieval espreita a arte da torre
Enquanto a banda toca mansa
Em linhas paralelas

Animais da roça
Moça que dança
Madeira mogno com verniz

Os livros estão soltos
O médico foi chamado

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Earth Hour 2012 Official Video

O sapato velho no parapeito
Sacada de chão ladrilhado
lado a lado com o vento

A rama seca no vaso de pedra
Equilibra arames efêmeros
Renuncia

A bagunça do medo
No meio do dia

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Estiagem



No quintal da casa
Sombra de goiabeira
Corto galhos retorcidos

No tacho de metal
Fogo brando


Bando de canários na cerca
Farelos de cascos em meu peito


Ela me disse:


- Os açudes estão secos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Barragem



A sarça arde
Na manhã passiva


Sedento
Acompanho a brisa
No caminho de pedras


Sobre a caixa d´água da vila
Andorinhas equilibram fios de luz