A sombra do abajour na parede
Gélida o pensamento encravado
Enquanto a cortina de pano brisa
E o gato zomba na noite
Acordo com aquele acorde
que rompe o silêncio
e almeja algo além
do simples fato de co-existir
E a metabolia, que servia de amparo
Como lâmina afiada na carne
Voa livre na flor lilás
Olhando além do vidro móvel
As luzes do concreto vivo
Entorpecem o som da sirene que passa
Onde o trailer roda, sem roteiro, sem nada
Doravante ao tempo retrógrado
De sinapses rompantes
E breu sóbrio
Ele retorna