quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Trinta e cinco



Mistérios assombram os cenários


Enquanto me aprumo no leito


Os ponteiros passam geometricamente


E eu, insaciável, percebo-me na estrada


Melodias embalam as sinuosas sinapses


Na interminável escuridão precipitada


A amizade em fina sintonia


Me conduz ao palco


E por 35 vezes exalto


E sigo a viagem

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Metapoema



E a poesia, afinal?


Epopéia de signos


Num canteiro de dúvidas


Como um grande paiol.


Palavras soltas que se encarceram


Espontaneamente no verso.


O ser interage nesse enredo em rede


Enquanto rimas ricas


Intercalam os mais íntimos pensamentos.


E eu, a qualquer hora


Nesse momento


Me construo arte.

Ser abstrato

Uma imperfeita forma naufraga
na profundeza do pano
com diferentes tons
como passiflora.


Em meus devaneios
Planto a planta
E a recomponho na travessia.
     
Picasso, 1932 /  Woman with a flower

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

“Cobri de redondilhas”




Tanto céu azul


Tanto véu anil


E a vida prossegue


Nesse vai e vem






Vejo o colibri


Paira no ar só


Beijando a flor


Em mil rotações






Do todo, sou pó


Pelas mãos do mundo


Que me conduzem


Ao próximo ato


   

domingo, 13 de setembro de 2009

Reforma




Alma lavada pela chuva que insiste em cair.


As placas indicam os diversos caminhos na trilha


com itinerários confusos no decorrer do período.


Interrogações sobre a indumentária adequada


que branqueja como dentadura postiça.


Assumo percursos nessas curvas sinuosas


com bucólicas bússolas do pretérito imperfeito.


Desculpe, no momento estamos em construção.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

















"Davidenko"
meu sobrinho lindo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Olhar




Dragões protegem a luz


Sinto-me solitário, à espera


Curvas sinuosas me conduzem na sublime peça


Época de mudanças


Intrínseca intriga


Um mundo inexorável me aguarda na esquina


Trago uma flor caramelo

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Caracóis perambulam pelo verde e o rio cai. Trilhas e corredeiras me perseguem nesse incrível em crise. A ferradura em paredes me deixa afônico, entre altos e baixos, enquanto a coruja dorme sossegada.