sábado, 12 de dezembro de 2009


pequenos grandes poetas

1º sarau


sem outro sentido


que não a beleza

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O dilema

Tempos inóspitos
Circundam os pólos
Em demarcadas províncias

A maçã verde na janela
Paga pelo pecado original

E o ente entediado
Afasta-se do paraíso

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O crepúsculo desponta auspicioso
Enquanto a lua nova se opõe
A composição brinda nos campos de trigo
E fulgura no calor da epiderme

A sacada, agora sombria
Alumia a vela no candelabro
Enfim, vejo
Salva vidas




O livre arbítrio


Voa vago


Na manhã passiva



Algoz com tudo


Atordoa


Na direção sem sentido



O púlpito volúvel


Clama justo
Para ser um poeta de verdade

Carece de coragem


O amor entrega, intenso


Sofrer no imenso mar



Para ser poeta


O papel e a caneta


A balbuciar idéias


Livres no limbo



Para ser


É preciso vela


E todos os dias


Amanhã

domingo, 22 de novembro de 2009

Metamorfose

O sentido é mácula


Na folha de papel


O líquido contido em mim sorrateiramente evapora


Propósitos aguçados me orientam na viagem


Bebo no conspícuo silêncio da arte


Estou de volta







Sentimento

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um instante

A vida plana lá fora na minha janela

Claras recordações em tempo de mudas

E aos poucos me desprendo do casulo


  Contornos


                        Cores


                                       Sons



Tudo novo, de novo


Vôo

terça-feira, 10 de novembro de 2009











Partituras

Acordes aleatórios compõem as quatro estações retilíneas
Os sedimentos de concreto na calçada
Recontam o ritmo da vida
Em diversas perspectivas   
Como se
Sons suaves sintonizassem
A ambivalência da obra

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Que sossego?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

As janelas estavam cerradas

E aos poucos foram abertas

Linda paisagem

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


FANTÁSTICA BIODIVERSIDADE

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Esperança


Mórbida vida


Que em idade regressa



Recordo-me dos desamores



Garoa agora



Da erosão das intempéries



Sobre pinguelas pontes



Os vagalumes ainda dançam

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Paralelo sul



Tereza nos protege na chegada
De tão Santa e imponente
Nos revela a Fortaleza
Meridionalmente seguimos
sem receios

                                                                                                 
Linhas claras
Retas e onduladas
Nos conduzem ao lar do General
Chovia na terra do sol
Quando avistamos o sexto Monte


Ao chegar à velha cidade
Curiosas cúpulas apontavam
Na direção do mercado
As histórias da Rua dos Suspiros
Eternizaram nossa Colônia


Obras alvas na casa do povo
Perpassam labirintos e afloram sentimentos
Protegida por seus leões
A ponta do leste
Reina absoluta.
Zona Sul

Primavera cá estou com
ímpios montes circundados
de aguaíba
O caminho de concreto
margeia o lago
enquanto auspícios pássaros
sussurram em árvores retorcidas
Verticilos florais em composição
excitam os polinizadores
É tempo de metamorfoses
ecoa o sistema em suas relações
Nova canção



Sentimento
                        Movimento
Momento

As asas são suas
E irrigo hormonalmente meu tórax
Mas nessa hora, quem eu sou?
Indagações sobre a relevante proposta
perpassam as entranhas das meninges
Executo a melodia


Observo o dia findar

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Trinta e cinco



Mistérios assombram os cenários


Enquanto me aprumo no leito


Os ponteiros passam geometricamente


E eu, insaciável, percebo-me na estrada


Melodias embalam as sinuosas sinapses


Na interminável escuridão precipitada


A amizade em fina sintonia


Me conduz ao palco


E por 35 vezes exalto


E sigo a viagem

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Metapoema



E a poesia, afinal?


Epopéia de signos


Num canteiro de dúvidas


Como um grande paiol.


Palavras soltas que se encarceram


Espontaneamente no verso.


O ser interage nesse enredo em rede


Enquanto rimas ricas


Intercalam os mais íntimos pensamentos.


E eu, a qualquer hora


Nesse momento


Me construo arte.

Ser abstrato

Uma imperfeita forma naufraga
na profundeza do pano
com diferentes tons
como passiflora.


Em meus devaneios
Planto a planta
E a recomponho na travessia.
     
Picasso, 1932 /  Woman with a flower

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

“Cobri de redondilhas”




Tanto céu azul


Tanto véu anil


E a vida prossegue


Nesse vai e vem






Vejo o colibri


Paira no ar só


Beijando a flor


Em mil rotações






Do todo, sou pó


Pelas mãos do mundo


Que me conduzem


Ao próximo ato


   

domingo, 13 de setembro de 2009

Reforma




Alma lavada pela chuva que insiste em cair.


As placas indicam os diversos caminhos na trilha


com itinerários confusos no decorrer do período.


Interrogações sobre a indumentária adequada


que branqueja como dentadura postiça.


Assumo percursos nessas curvas sinuosas


com bucólicas bússolas do pretérito imperfeito.


Desculpe, no momento estamos em construção.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

















"Davidenko"
meu sobrinho lindo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Olhar




Dragões protegem a luz


Sinto-me solitário, à espera


Curvas sinuosas me conduzem na sublime peça


Época de mudanças


Intrínseca intriga


Um mundo inexorável me aguarda na esquina


Trago uma flor caramelo

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Caracóis perambulam pelo verde e o rio cai. Trilhas e corredeiras me perseguem nesse incrível em crise. A ferradura em paredes me deixa afônico, entre altos e baixos, enquanto a coruja dorme sossegada.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Campos


Paredão cinza

Bloqueia a minha visão

Lágrimas que caem da pedra

Aparadas pela natureza

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Davi(da)

Chegada
Alegria na hora certa
Expectativas
Descobertas
Esquadra oposta
Não importa
Cascata de lágrimas
Manhas
E aquela fome de viver
Silêncio
É a voz do tio
E de improviso
Nasce um sorriso
Que contagia a todos
Que nos deixa bobos
Enfadados Davi(da).

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Vale
Fortaleza
Vale sem fim
Chão de verde, cinza e preto
Fico quieto
A ave negra me persegue
E por mais que eu negue
Aquilo tudo me transforma
E forma dentro de mim
Uma serra geral
Parto dali com pouco gás
Volto pra casa

Meditação
Rosas de pedra
Travessia
Templo de pensar
Magia
Insisto
Estupas
Estufas
E aquela paz
Levo no interior no meu banco

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Carta para Bárbara

Barbaridade!
Ela vem aí!
Vem se chegando, crescendo.
Aos poucos aparecendo.
Parece que é em dezembro.
Pais faceiros.
Com babeiros.
Mais uma na confraria.
Pra amarmos todo dia.
E o dindo agora escrevendo.
Pra ela ficar sabendo.
Que o amor é o maior sentimento.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

VOCÊ É FORTE

Esse vídeo mostra um exemplo de superação e que todos nós podemos e devemos recomeçar e ultrapassar as dificuldades em nossas vidas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

GRANDES AMIGOS E COLEGAS
Posted by Picasa

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Carta do poeta Vinícius de Moraes a um amigo muito especial: João Carlos Pecci, recebida em fevereiro de 1971,
(...) Eu acho lindo uma pessoa ter, como você, tanto amor físico à vida, e tanto respeito pelo próprio corpo: esse que é como o tabernáculo de todos os nossos desejos e paixões. Quantos, em seu lugar, já não teriam desistido... Você, não. Mesmo batendo papo, como eu vi, você não pára de fazer movimentos e flexões, dando cada vez mais poder aos seus músculos para transportar sua invalidez. Palavra cretina essa: invalidez... Você é o menos inválido dos seres que eu conheci intimamente. Inválidos são os que, de plena posse de todos os seus movimentos, mantém a vida paralítica dentro deles, e só pensa em paralisar a dos demais. A maioria, João, infelizmente...
NESSA VIDA PASSAGEIRA, VIVA INTENSAMENTE, SEM MEDO DO AMANHÃ.

terça-feira, 21 de julho de 2009

GRANDES AMIGOS SÃO COMO UM GRANDE TESOURO QUE VOCÊ GUARDA COM MUITO CUIDADO NUM BAÚ, MUITAS VEZES ENFERRUJADO, CHAMADO CORAÇÃO.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Deriva

Dor e angústia
Fé abalada
Coração valente
E o meu relógio não pára
Incertezas da vida
Futuro do pretérito
Recomeço
“Nau a deriva”
E a vida brinda comigo
Família, trabalho e amigos
E eu sei que aquele farol
Nunca vai deixar de me guiar

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DINDOS EM AÇÃO.

VIDA

"Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
...
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé"

Gonzaguinha - Eu apenas queria que você soubesse

Preciso escrever mais alguma coisa

sábado, 4 de julho de 2009


A chegada do Davi, o primeiro sobrinho. Só alegria! É a cara do tio!


sábado, 30 de maio de 2009

Dia 5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente

Que nós possamos refletir sobre as nossas práticas diárias e dos nossos cuidados com o meio ambiente.
Absurdo - Vanessa da Mata
Havia tanto pra lhe contar
A natureza
Mudava a forma o estado e o lugar
Era absurdo
Havia tanto pra lhe mostrar
Era tão belo
Mas olhe agora o estrago em que está
Tapetes fartos de folhas e flores
O chão do mundo se varre aqui
Essa idéia do natural ser sujo
Do inorgânico não se faz
Destruição é reflexo do humano
Se a ambição desumana o Ser
Essa imagem infértil do deserto
Nunca pensei que chegasse aqui
Auto-destrutivos,
Falsas vitimas nocivas?
Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores
Capins dourados
Havia tanto pra respirar
Era tão fino
Naqueles rios a gente banhava
Desmatam tudo e reclamam do tempo
Que ironia conflitante ser
Desequilíbrio que alimenta as pragas
Alterado grão, alterado pão
Sujamos rios, dependemos das águas
Tanto faz os meios violentos
Luxúria é ética do perverso vivo
Morto por dinheiro
Cores, tantas cores
Tais belezas
Foram-se
Versos e estrelas
Tantas fadas que eu não vi
Falsos bens, progresso?
Com a mãe, ingratidão
Deram o galinheiro
Pra raposa vigiar