terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sereníssima

Sob douradas cúpulas de Marcos
A menina flerta com o tempo da praça


A estibordo
Segue sem bússola
Onde a névoa se apóia em caminhos liquefeitos


((( Barcos resvalam )))
Revelam corpos flutuantes

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tanto mar sobrevém
mas me dói aceitá-lo
Quanto caos nos detém
Nesse cais soterrado


Porto móvel
Pouco opaco
Tanto faz o meu chão

Ilha além
Onde mais atravesso o canal


Esse vento turbulento
me afaga na maré
Caracóis perambulam
no meu barco
Guarda sol

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A distância que me afasta
da turbulência do voo
suscita nuvens recobertas

O corredor vazio
onde mãos se entretecem
A sala cheia de rusgas
onde o cactus desabrolha

Enquanto o vento balbucia
Sedimentos que escoam
na face de um tempo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Perpasso o arco da porta                        
E avisto os campos da cidade
                                                                                               
Via que leva-me a arte
Óleos de pedras que embaçam

As margens do rio raso
Espelham palácios Inválidos

Torre de ferro
Em claves de Sol